Ok, vamos lá!
Dei meus pitacos e no final classifiquei a dificuldade como baixa, média, ou alta, de acordo com meu achismo mesmo. Discordem à vontade, é bom discutir sobre.
Análise de solo
Acho super viável, desde que a gente levante direitinho quais parâmetros conseguimos avaliar, pra saber de imediato se fazemos ou não. Então tem que levantar laboratórios (UFV e Viçosa), preços, prazos. Tem que fazer um estudo sobre isso, e ver alguém pra assinar o laudo.
DIFICULDADE BAIXA.
Captação de água de chuva
Acho legal, mas temos que levar em consideração o fato que estaríamos vendendo o projeto (planta, material descritivo) mas que nós não faríamos a parte de instalação/construção. Isso tornaria o projeto um pouco mais difícil de vender, creio eu.
Outra coisa! Se me lembro corretamente o básico de um projeto desse, não é tão simples quanto pensamos. Tem que ver a área de contribuição, calcular a vazão que isso daria para então dimensionar as calhas, tubulação e o reservatório. Isso levaria uns cálculos de hidráulica, mexendo com perda de carga, que pode complicar um pouco - não é todo mundo que conseguiria fazer um projeto desse, precisaria de membros mais à frente do curso, na minha opinião. Tem, também, que considerar o uso que a água vai ter, se vai precisar de um filtro, etc.
Mas acho que é um projeto que, depois de estruturado, seria fácil reproduzir. Esses cálculos podem ser colocados numa planilha, e os cálculos feitos automaticamente. Mas teria que ter um POP/IT/Manual bonitinho sobre como usar a planilha, pra essa informação não se perder.
DIFICULDADE MÉDIA.
Análise Pluviométrica
Nunca tinha ouvido falar, mas pelo nome dá chutar o que é.
Bem, se for analisar dados pluviométricos já coletados e confeccionar um laudo, acho viável.
Se for instalar o equipamento, coletar os dados e depois fazer o laudo, temos que pensar. Se me recordo corretamente da disciplina de meteorologia, o equipamento pra medir a quantidade de chuva não é lá muito complexo, mas definitivamente não me pareceu portátil. Teríamos que ver no DEA se eles emprestam equipamento, ou ver onde que poderíamos encomendar/alugar o equipamento.
E, novamente, temos que arranjar um profissional pra assinar esse laudo.
Sugiro conversar com o professor Marcos do DEA, ele leciona a disciplina de Meteorologia e é absolutamente fenomenal na sua área de atuação (ele faz parte do quadro do IPCC, galera, ele manja muito!).
MARCOS HEIL COSTA
Email:mhcosta@ufv.br
Telefone:(31) 3899-1899
DIFICULDADE MÉDIA. (dificuldade alta se a gente tiver que arrumar os equipamentos)
Soluções em reaproveitamento e reuso da água
MUITO viável, e MUITO fácil de reproduzir depois de estruturado. Podemos fazer pra escala doméstica (máquina de lavar) e estudar possibilidades pra escala industrial.
DIFICULDADE BAIXA.
Laudos Técnicos Ambientais
Temos que pesquisar QUAIS seriam esses laudos e ver qual o porte de empreendimento que a gente consegue atender. Precisamos de um profissional pra assinar as ARTs, e ver se por acaso os laudos vinculam a ART por algum tempo (se vincular, da forma que licenciamento vincula, complica as coisas).
Acho interessante, mas na minha opinião vai ser mais difícil implementar. Ao meu ver a parte mais difícil vai ser achar o profissional que vai assinar por isso.
DIFICULDADE MÉDIA.
Estudo de Impacto de Vizinhança
Também nunca tinha ouvido falar disso, mas me vali do Google pra achar a definição "O EIV consiste, basicamente, num estudo detalhado dos impactos (efeitos positivos e negativos) que o empreendimento gera ao seu entorno, em razão de seu porte e/ou atividades que serão exercidas. Uma vez conhecidos os impactos, são traçadas as diretrizes que os atenuem, proporcionando melhores condições de habitabilidade, conforto e segurança à vizinhança. O EIV é, portanto, um procedimento prévio e obrigatório para se obter licenças ou autorizações para se construir, ampliar ou funcionar, para aqueles empreendimentos que a legislação determinar como obrigatório."
Bem. Acho muito interessante, mas precisamos saber mais a respeito: esse estudo é mais quantitativo ou qualitativo? Se precisar fazer 3456568 análises de água, solo e ar pra fazer isso, se torna um projeto complexo.
De acordo com o site que achei (link):
"O EIV deve contemplar todos os aspectos que o empreendimento gera na área onde será implantado e entorno, incluindo no estudo a análise e proposição de solução para: adensamento populacional; uso e a ocupação do solo; valorização imobiliária; áreas de interesse histórico, cultural, paisagístico e ambiental; equipamentos urbanos, incluindo consumo de água e de energia elétrica, bem como geração de resíduos sólidos, líquidos e efluentes de drenagem de águas pluviais; equipamentos comunitários, como os de saúde e educação; sistema de circulação e transportes, incluindo, entre outros, tráfego gerado, acessibilidade, estacionamento, carga e descarga, embarque e desembarque; poluição visual, sonora, atmosférica e hídrica; vibração; periculosidade; geração de resíduos sólidos; riscos ambientais; impacto socioeconômico na população residente ou atuante no entorno, e; impactos sobre a fauna e flora."
Isso já cairia, talvez, muito perto de um EIA/RIMA, se tornando um projeto enorme (o que não teria tanto problema) e multidisciplinar (que ferra a gente, porque coordenar com outras 3-4 EJs pra isso seria insanidade).
Eu posso estar exagerando/entendendo errado o que é o EIV, mas pelo que eu entendi agora, acho que é fora do nosso alcance.
DIFICULDADE ALTA.
Biodigestor
Confesso que não sei muito a respeito, mas sei de várias EJs (até fora da área ambiental) que fazem, e parece ser um projeto fácil de reproduzir. Então, com o conhecimento (diminuto) que tenho agora, eu falaria que é viável sim. Podemos inclusive ver se tem algum monitoramento que deve ser feito, pra levar em consideração na hora de vender o projeto.
DIFICULDADE BAIXA.